Uma das principais consequências da ineficiência verificada em sistemas de abastecimento é a existência de valores elevados de perdas de água (reais e aparentes). O nível elevado de perdas de água constitui um dos principais fatores que compromete a sustentabilidade económico-financeira das entidades gestoras. Neste contexto, a redução e mitigação do nível de perdas afigura-se da maior relevância, por forma a serem praticadas tarifas eficientes, garantindo que o equilíbrio entre os rendimentos obtidos por via tarifária e os gastos em que a entidade gestora incorre para a prestação do serviço não exija uma sobrecarga excessiva em matéria de acessibilidade económica.
As perdas aparentes, cujo impacto económico para as entidades gestoras nem sempre é devidamente valorizado, têm a sua principal origem na inadequada condição do parque de contadores e na insuficiente deteção e controlo de consumos ilícitos. Para a concretização dos objetivos de eficiência dos sistemas de abastecimento de água em termos de perdas aparentes, as entidades gestoras devem adotar procedimentos que permitam determinar e reduzir essas ineficiências.
Neste enquadramento, a ERSAR vem colocar em discussão pública um projeto de recomendação relativa a boas práticas visando a redução das perdas aparentes nos sistemas de abastecimento de água, dirigida às entidades gestoras que prestam serviços a utilizadores finais.
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