Em 2011, a capacidade de reserva de água tratada para consumo humano em Portugal continental era de cerca de 5 milhões de m3, estando o País equipado com 8391 reservatórios de água, correspondendo a um significativo esforço de investimento na melhoria da fiabilidade dos serviços de abastecimento de água. Nesse ano, o total de água captada em Portugal continental foi de cerca de 850 milhões de m3.
Em termos médios, o País apresenta mais de 2 dias de capacidade de reserva de água tratada para consumo humano, cumprindo a legislação portuguesa. Significa isto que, na eventualidade de haver um problema no sistema de abastecimento a jusante de um reservatório, em geral é possível manter o abastecimento de água às populações durante pelo menos dois dias.
Todas as zonas de Portugal continental têm, em média, uma capacidade de reserva acima do recomendado, sendo maior na zona Norte, com cerca de 2,3 dias, e menor na zona Sul (Alentejo e Algarve), com cerca de 1,8 dias.
A existência de reservatórios de água em boas condições de funcionamento permite às entidades gestoras dos serviços de abastecimento de água fazerem face aos picos de consumo, por exemplo durante períodos de maior afluxo turístico, e contribui para reduzir riscos, dotando os sistemas de resiliência a eventos excecionais, como por exemplo avarias no sistema ou problemas de qualidade da água na origem.
Os reservatórios são, por estas razões, infraestruturas importantes para a continuidade do abastecimento de água para consumo humano em quantidade e com elevados padrões de qualidade. Recorde-se que a percentagem de água segura, indicador de água controlada e de boa qualidade, tem vindo a crescer de uma forma contínua em Portugal. Se em 1993 apenas cerca de 50% da água era controlada e revelava boa qualidade, em 2011 este indicador atingiu o valor de 98%, conforme consta do relatório anual sobre o “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano”, publicado pela ERSAR.